Uma das mais novas Unidades Descentralizadas, a Embrapa Cocais, obteve aprovação da Diretoria-Executiva para mudança de seu nome-síntese para Embrapa Maranhão, denominação validada após amplo processo de discussão com a participação do público interno e externo. A alteração não é apenas uma troca de nome. É o início de um novo ciclo, que inclui novas estratégias e áreas de atuação, além da construção de nova infraestrutura física e de pessoal.
Segundo o chefe-geral, Marco Bomfim, a mudança no nome vem sendo construída há um tempo, em função da percepção de que a nomenclatura anterior não mais representava a agenda de trabalho e a identidade geral da Unidade, tendo o novo nome-síntese mais aderência com a realidade de atuação no estado e em outras regiões. A Unidade sempre esteve presente em localidades diversas do Maranhão – não somente nas matas dos cocais – e até de outros estados, o que foi sendo fortalecido nos últimos anos. Para isso, tem se conectado com parceiros público-privados de diversas instâncias e lugares.
A Embrapa Maranhão é resultado dessa forte presença e do trabalho em parceria com o ecossistema de inovação maranhense. Agora, como Embrapa Maranhão, se mantém aberta ao engajamento de mais interessados em participar da construção dessa história.
Bomfim relembra que a UD foi criada com foco em agricultura familiar na região dos cocais e da Baixada Maranhense, que possui um dos maiores índices de pobreza rural e insegurança alimentar do País. Porém, essa missão não contempla os principais desafios do estado, que tem grande vocação agrícola e dois dos principais biomas do País praticamente dividindo seu território ao meio, a Amazônia e o Cerrado, além da Caatinga.
Ainda segundo o chefe-geral, a expansão da atuação da Embrapa Cocais centro tornou-se mais nítida a partir da integração da Unidade de Execução de Pesquisa (UEP) de Balsas – localizada em uma região produtora de grãos e grande fronteira agrícola – com outras Unidades que já operavam no local. “Tudo isso demostra que a denominação anterior não respondia mais ao que a Unidade era e é, e também não estava comunicando bem, tendo em vista que, muitas vezes, as pessoas restringiam a agenda da Unidade à região dos cocais”, afirma.
Para subsidiar a decisão da Diretoria, foi realizado exercício com todos os colaboradores para colher sugestões de assinatura-síntese e finalidades que pudessem refletir a identidade, comunicar adequadamente a missão, abrangência e compromisso com a sociedade, e promover engajamento do público-alvo. Foi realizada uma oficina interna sobre a atuação da Unidade nos quesitos: propósito (razão de ser); valor proposto (o que a empresa entrega); público-alvo (para quem); princípios e valores (valor implícito); e visão de futuro (o que queremos alcançar). A partir dessa descrição foram construídos textos remetendo à finalidade da Unidade, que foram posteriormente submetidos a priorização.
Nessa mesma oficina foi discutida a proposta de nova assinatura-síntese, com as seguintes diretrizes: atemporal e flexível, para que a UD possa reposicionar sua agenda, se for o caso, ao longo do tempo; que transmitisse valor ou conceito; que fosse emocionalmente envolvente; que mantivesse conexão com a identidade da Embrapa; que fosse pertinente para o setor; que fosse fácil de memorizar/gravar; e que evitasse ambiguidades.
A partir de três nomes-síntese sugeridos na oficina, foi realizada votação interna, da qual a assinatura-síntese Embrapa Maranhão saiu vitoriosa. “A discussão foi bastante madura e a equipe se mostrou propensa a não restringir sua ação ao Maranhão, entendendo que as inovações podem alcançar outros estados. O novo nome identifica a localização sem restringir o alcance, ou seja, denota que as pesquisas serão desenvolvidas não necessariamente, mas majoritariamente, no Maranhão, para atender a sociedade brasileira. É atemporal, por não estar associada a um tema ou cadeia produtiva específica, permitindo que a Unidade construa sua identidade e possa revisitá-la posteriormente; gera engajamento e valor para o estado que sedia a UD; tem identidade com a cultura organizacional da Empresa e, portanto, é fácil de memorizar e não apresenta ambiguidades”, explica Bomfim.